Nunca fui muito boa com antigas lembranças, mas lembro-me bem quando estava para iniciar meu primeiro ano na escola. Na época, eu estava com quase oito anos de idade e para orgulho do meu pai, eu já sabia escrever meu nome e ler as horas. Meu pai, homem muito simples, que não teve oportunidade de frequentar escolas e aprendera a ler e escrever por curiosidade, me ensinou um pouquinho do que sabia.. Quando me ensinava e percebia que eu aprendia e queria aprender mais, eu percebia que ele sentia um prazer misturado com muito orgulho. E esses momentos tornaram-se muito importantes para um relacionamento pai e filha que eu amava demais. E, assim, fui para a escola mais confiante e não foi por sorte, mas por boa vontade que, geralmente, tirava boas notas em Língua Portuguesa.
Naquele tempo de menina, não tinha acesso aos livros e recordo-me que lia muitas revistas de fotonovelas ( emprestadas ). Mais tarde, quando comecei a ler e a interpretar o que lia, peguei o hábito da leitura e, não foram poucos os livros que quando lia, viajava e, quando percebia que estava chegando ao fim ficava postergando para terminar a leitura apenas para não me despedir de personagens que já faziam parte da minha rotina. E assim, sou até hoje, me familiarizo com as personagens e quando percebo que está chegando ao fim, fico me segurando, retardando o final pra não ter que me despedir delas. Ler é uma das minhas grandes paixões! Um livro pode ser meu companheiro, meu amigo, minha terapia e, muitas vezes, respostas às minhas dúvidas.
Gostei de sua história. Que bom ver que os livros têm o poder de nos mostrar outros mundos, outras vidas.
ResponderExcluirObrigada, Miguel! São boas lembranças de pequenas coisas que fizeram a diferença em nossa vida.
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